Obrigado Mãozinhas!

A noite estava bastante ventosa. O jogo, esse, equilibrado, batendo-se bravamente a equipa dos Bezugos, na busca de um resultado positivo. E eis que Artur pegou na bola, olhou os adversários nos olhos e partiu com esta dominada, como se fosse ao encontro do seu destino, como se o tempo tivesse parado e Mãozinhas segurasse um livro em branco, prestes a escrever um poema. E o golo, aquele golo, foi um momento único em que o jovem de Benfica se elevou à condição de divindade, reservando para sempre o seu lugar no Olimpo. Surgiu-lhe Manel ao caminho e escapou com uma determinação própria de quem não teme assumir o protagonismo nas horas decisivas, depois Gata e, nesse momento, Tuka deu corpo a uma classe só ao alcance dos predestinados, deixando o adversário a interrogar-se sobre o que realmente tinha acontecido (que túnel!), faltava Mestre, o derradeiro adversário que se interpunha entre Artur e a glória suprema. Dos pés do nosso héroi saiu magia, dirigida ao canto superior direito da baliza, deixando todos quanto se deslocaram ao Francisco Lázaro (de notar que, nem de propósito, foi igualado o recorde de assistências) a agradecer a Deus por terem presenciado um momento histórico, em que Mãozinhas foi grande e se tornou eterno... Obrigado Artur...

O Seccionista (Meister)